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💡Você Tem Medo de Mudar ou...
de Ficar no Mesmo Lugar?

Você já se viu desejando algo novo, mas sentindo um nó no estômago só de pensar em mudar? Já quis sair de um lugar — um trabalho, um relacionamento, uma versão sua — e mesmo assim ficou?
O medo da mudança é um velho conhecido. Mas e o medo de permanecer? O medo de repetir os mesmos padrões, de não se mover, de olhar para trás e ver que está exatamente no mesmo ponto?
A verdade é que mudar dói. Mas ficar onde você não cabe mais também dói. O desafio é reconhecer qual dessas dores aponta para crescimento e qual apenas prolonga o sofrimento.
Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos refletir sobre a tensão entre o novo e o conhecido. Será que seu medo é da mudança — ou do que a mudança exige de você?
🧠 Crescer, Permanecer ou Estagnar?

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O medo da mudança, do ponto de vista psicológico, está diretamente ligado à nossa necessidade de previsibilidade. Nosso cérebro foi programado para poupar energia — e poucas coisas consomem mais energia do que o desconhecido.
Segundo Carl Jung, “não se torna iluminado imaginando figuras de luz, mas sim tornando consciente a escuridão.” Isso significa que crescer exige atravessar a sombra — o medo, a dúvida, a dor de abandonar o conhecido.
Um estudo recente publicado na Journal of Personality and Social Psychology (2023) mostrou que pessoas que evitam mudanças importantes em suas vidas não necessariamente são mais felizes — mas apenas se sentem mais seguras. Segurança, no entanto, não é sinônimo de bem-estar. Segundo os autores, a ausência de movimento emocional pode levar à estagnação e, com o tempo, à perda de sentido.
Na abordagem junguiana, a individuação é o caminho da transformação: deixar de viver no piloto automático e assumir a responsabilidade por tornar-se quem se é. Mas isso exige uma ruptura com a fantasia de controle. Mudar é mergulhar no caos simbólico — e ter fé de que do outro lado existe uma versão mais verdadeira de si mesmo.
Ficar no mesmo lugar pode parecer confortável. Mas se esse lugar já não acolhe a sua expansão, ele se torna prisão. E não há prisão mais sutil e perigosa do que aquela que parece segura.