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💡Você está na sua maior prisão:
Será que você consegue se libertar de si mesmo?

A maior prisão que podemos habitar não tem grades, nem paredes. Ela é invisível, silenciosa e, muitas vezes, confortável. Estamos falando da prisão das nossas crenças limitantes, dos padrões repetitivos, do medo do julgamento e das histórias que contamos a nós mesmos sobre quem somos.
Carl Jung dizia que “aquilo que você nega, te submete. O que você aceita, transforma”. Em outras palavras, somos os próprios carcereiros da nossa mente quando recusamos olhar para o que nos limita.
Mas, afinal, como se libertar quando o próprio eu é a cela? Como deixar para trás versões antigas e assumir o protagonismo da própria liberdade?
Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos explorar como sair da prisão interna que criamos e acessar uma vida mais consciente e livre.
🧠 Como Criamos Nossas Próprias Prisões Psicológicas

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Desde cedo, aprendemos que precisamos nos comportar de determinadas formas para sermos aceitos, amados e reconhecidos. Esse processo molda o que Jung chamou de persona: a máscara social que usamos para nos adaptar ao mundo.
Com o tempo, confundimos essa máscara com nossa identidade verdadeira. Criamos padrões rígidos — “eu sou assim”, “não posso fazer diferente” — que acabam virando celas invisíveis. Além disso, o medo de fracassar, de desapontar ou de não se encaixar alimenta correntes invisíveis que nos mantêm onde estamos, mesmo quando já não somos mais felizes ali.
Neurocientificamente, esse processo se sustenta porque o cérebro busca segurança e previsibilidade (KAHNEMAN, 2012). Mudar exige energia e exposição ao desconhecido — algo que nosso sistema neural interpreta, muitas vezes, como ameaça.
O paradoxo? A chave para sair da prisão está justamente em aceitar esse desconforto e questionar as certezas que nos acorrentam.
🌿 Como Começar a Se Libertar de Si Mesmo
Questione Suas Certezas: Quando se pegar dizendo "Eu sou assim mesmo", pergunte-se: “Por que eu acredito nisso? De onde vem essa certeza?”
Identifique Crenças Limitantes: Faça uma lista dos “nãos” que costuma dizer a si mesmo: “não sou bom o bastante”, “não consigo mudar”, “não posso arriscar”.
Pratique Pequenas Quebras de Padrão: Experimente agir diferente do habitual, ainda que em coisas simples (um novo caminho, um novo hábito, uma nova resposta).
Enfrente Seu Medo do Julgamento: A aprovação dos outros não pode ser mais importante que a liberdade de ser quem você realmente é. Observe quando suas ações buscam mais agradar do que expressar sua autenticidade.
🌱Aprofunde seu processo de autoconhecimento
O homem que não atravessa o inferno de suas paixões também não as supera.
📚 Recomendação de Leitura:
Neste livro, Steven C. Hayes — um dos criadores da Terapia de Aceitação e Compromisso (ACT) — mostra como, muitas vezes, somos prisioneiros dos próprios pensamentos e padrões automáticos. Com uma abordagem prática e acessível, Hayes ensina como cultivar flexibilidade psicológica, abandonar crenças limitantes e direcionar sua vida para o que realmente importa.