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💡Talvez Você Não Precise de Uma Resposta

Só de Uma Pausa

Quantas vezes, diante de um incômodo, você já correu atrás de respostas como quem procura água no deserto? A ansiedade por resolver logo, entender tudo, colocar cada sentimento em uma caixinha com rótulo e explicação lógica. A verdade é que nem toda dor precisa de explicação imediata — algumas só querem ser sentidas com gentileza.

Vivemos como se tudo tivesse que ter um sentido imediato. Como se cada silêncio fosse um problema. Como se pausar fosse sinônimo de fraqueza. Mas e se o que está faltando não for mais esforço, e sim mais verdade?

Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos falar sobre o valor da pausa — essa ferramenta poderosa que não é passividade, mas um espaço sagrado onde você pode simplesmente respirar... e existir.

🧠 A urgência de entender pode ser fuga disfarçada

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Nietzsche dizia: “Aquele que tem um porquê para viver pode suportar quase qualquer como.” Mas… e quando a gente ainda não sabe o porquê? Quando tudo está meio nebuloso, sem direção, e até a busca por sentido já virou uma tarefa cansativa? A verdade é que essa pressa por clareza — por entender logo o que sentimos, o que queremos e o que precisamos fazer — pode estar escondendo algo mais profundo: a nossa dificuldade de simplesmente estar com o que é.

Vivemos numa cultura que glorifica respostas, soluções rápidas e positividade ininterrupta. Mas o inconsciente — como diria Jung — não tem pressa. Ele trabalha no ritmo da alma, e não do algoritmo. Um estudo recente da Frontiers in Psychology (REIS et al., 2024) demonstrou que pessoas que cultivam micro-momentos de pausa intencional ao longo do dia não apenas reduzem a ruminação e o estresse, como também desenvolvem maior tolerância ao desconforto emocional — algo essencial para quem quer crescer de verdade.

No olhar da psicologia junguiana, os momentos de confusão e silêncio não são obstáculos no caminho da individuação. Eles são o caminho. Quando você não força a resposta e aceita o vazio como parte do processo, algo começa a se reorganizar por dentro. A pausa se torna o espaço fértil onde novos sentidos podem germinar. Afinal, o inconsciente não grita — ele sussurra. E só ouvimos esses sussurros quando temos coragem de parar.

Pausar, portanto, não é parar de viver. É escolher viver de forma mais presente. É recusar a ilusão de que ser produtivo o tempo todo é sinal de força, quando na verdade, às vezes, é só medo de sentir. A pausa é onde você encontra a si mesmo antes de sair buscando soluções do lado de fora.

🔋Ferramentas para pausar sem culpa:

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