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💡Seus Padrões São Hábitos ou:
Mecanismos de Defesa?

Você já se perguntou por que repete certas atitudes, mesmo sabendo que elas te machucam? Como se sempre desse um jeito de sabotar o que estava funcionando, afastar quem estava perto ou adiar o que te faria bem?
Talvez você diga que “é só o seu jeito”, que “tem coisas que você não consegue mudar”. Mas... e se o que você chama de jeito for, na verdade, uma armadura? Um escudo que foi útil lá atrás, mas hoje só te afasta da vida que você quer viver?
Tem padrões que não são hábitos — são proteções inconscientes.
E por trás de cada proteção, existe uma dor que ainda não foi ouvida.
Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos refletir sobre a linha tênue entre o costume e o bloqueio emocional — e como descobrir se você está vivendo no automático ou apenas se defendendo do que ainda não conseguiu encarar.
🧠 Repetição Não É Costume: É Linguagem do Inconsciente

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Na psicologia analítica de Jung, o inconsciente não se cala — ele se repete.
Tudo aquilo que não conseguimos simbolizar emocionalmente, acaba voltando em forma de comportamento, padrão ou até mesmo sintoma. É como se a vida dissesse: "vamos tentar de novo, agora você entende?"
Mas nem todo padrão é vício ou mania. Muitos são mecanismos de defesa internalizados que se tornaram parte da nossa personalidade. Freud foi um dos primeiros a nomeá-los — repressão, projeção, negação, racionalização... mecanismos criados pela psique para nos proteger da dor.
O problema? Quando o que nos protege também nos aprisiona.
Um estudo publicado na Journal of Psychotherapy Integration (2023) mostrou que padrões emocionais repetitivos estão diretamente ligados à não elaboração de traumas precoces. Segundo os autores (THOMAS et al., 2023), pessoas que não revisitam suas experiências emocionais difíceis tendem a construir "vidas previsíveis, mas infelizes" — presas em padrões que imitam segurança, mas impedem crescimento.
🔍 Traduzindo: você não se sabota porque é fraco. Você só está tentando não se doer de novo.
Mas fugir da dor também te afasta da vida… Quem tenta não sentir, acaba por não sentir felicidade, alegria… No fim, é de se perguntar! Será que realmente vale a pena?
A chave está em se escutar com coragem e compaixão.
Identificar os padrões é o primeiro passo. Integrá-los, com presença e intenção, é o que transforma o que antes te protegia em força para seguir.