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💡Quem Você Seria Se Não Tivesse Medo de Decepcionar Ninguém?

Já parou para pensar nisso?

Você já percebeu como o medo de decepcionar pode moldar silenciosamente seus caminhos? Desde cedo, aprendemos a buscar aprovação: dos pais, professores, amigos, chefes… e assim, pouco a pouco, vamos nos moldando às expectativas alheias como quem veste uma roupa que aperta, mas não ousa tirar.

Quantas decisões você já tomou, ou deixou de tomar, só para não causar desconforto em alguém? Quantas versões suas você arquivou porque temia parecer “demais”, “estranho” ou “egoísta”?

O problema é que, quando você passa a vida tentando não decepcionar ninguém, inevitavelmente decepciona a pessoa mais importante da história: você mesmo.

Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos falar sobre como o medo de decepcionar paralisa a sua autenticidade e o que fazer para começar a se libertar desse ciclo.

🧠 Entre a Aprovação e a Autenticidade

Thinking Reaction GIF by SpongeBob SquarePants

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Desde crianças, aprendemos que ser aceito é uma forma de segurança. Ser elogiado, “fazer bonito”, “não decepcionar”, tudo isso é recompensado. O problema começa quando, na tentativa de pertencer, vamos colocando máscaras: um eu adaptado, polido, conveniente… Até que um dia olhamos no espelho e já não sabemos mais quem somos sem o aplauso.

Na psicologia junguiana, esse dilema marca o início do processo de individuação, o movimento simbólico e real de deixar de viver segundo os papéis que nos foram dados, e começar a viver segundo quem realmente somos. Para Jung, isso exige a coragem de olhar para a sombra, ou seja, tudo aquilo que escondemos de nós mesmos para não perder o amor do outro. E, muitas vezes, é nessa sombra que reside o potencial criativo e o verdadeiro impulso de vida.

Donald Winnicott chamou isso de conflito entre o “falso self” e o “self verdadeiro”. O falso self é o eu socialmente aceitável, criado para agradar, não causar problemas e ser amado. Mas ele cobra um preço alto: o esvaziamento interior. Quanto mais nos distanciamos da nossa espontaneidade e verdade, mais nos sentimos ansiosos, esgotados e tristes — mesmo que, por fora, tudo pareça em ordem.

Essa percepção é reforçada por um estudo publicado na Psychological Science (LIU et al., 2023), que demonstrou que a repressão emocional crônica — feita para manter a paz e a imagem ideal — está diretamente associada a sintomas depressivos, ansiedade elevada e sensação de exaustão. Em outras palavras: agradar demais não é maturidade emocional. É autossabotagem disfarçada de gentileza.

Ser autêntico não é desrespeitar os outros. É apenas escolher não se abandonar. É entender que algumas pessoas podem se decepcionar, sim — mas isso é um preço pequeno comparado à dor de viver uma vida que não é sua.

🔋Ferramentas para Escolher a Si Mesmo (Sem Culpa):

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