• Psicodrops
  • Posts
  • 💡 Quando Foi Que Você Começou a Acreditar...

💡 Quando Foi Que Você Começou a Acreditar...

Que Ser Você Não Era o Bastante?

Você já se perguntou quando foi que começou a tentar ser o que esperavam de você — e não exatamente quem você é?
Talvez tenha sido numa comparação silenciosa no colégio, quando alguém riu do seu jeito de falar.
Ou quando tentaram te moldar em frases como "seja mais discreto", "isso não é coisa de menina", ou "você pensa demais".

O mais curioso é que a maioria dessas marcas não são deixadas por grandes traumas.
São cicatrizes invisíveis, feitas de olhares tortos, elogios condicionais e pequenas rejeições acumuladas — que nos ensinam, aos poucos, que talvez ser quem somos não seja suficiente.

Mas... e se for exatamente o contrário?
E se a sua força estiver justamente em tudo aquilo que você tentou esconder?

Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade,
vamos falar sobre como a nossa essência se perde em busca de aceitação — e como recuperá-la é, muitas vezes, o verdadeiro caminho de volta pra casa.

🧠 A Ilusão de Que É Preciso Ser Outro

Nbc Finale GIF by America's Got Talent

Gif on Giphy

Na psicologia junguiana, existe um conceito chamado persona — a máscara que desenvolvemos para nos adaptar socialmente.
Essa máscara é útil: ela nos ajuda a navegar entre papéis sociais, cumprir funções e nos proteger em ambientes que nem sempre são seguros emocionalmente.
O problema não é ter uma persona — o problema é esquecer quem está por trás dela.

Com o tempo, muitas pessoas confundem essa máscara com sua identidade real.
E, quanto mais recebem aprovação pelo personagem, mais sentem medo de mostrar a essência.
É como viver em um palco onde o aplauso vem sempre que você encena bem — mas no camarim, o espelho mostra um vazio que não se preenche.

O filósofo dinamarquês Kierkegaard dizia que “a maior forma de desespero é não ser quem se é”.
E isso não acontece de uma vez — acontece aos poucos, em cada decisão que tomamos para agradar ao invés de ser íntegro, em cada “tudo bem” dito com vontade de gritar, em cada sim que deveria ter sido um não.

Um artigo recente publicado na Journal of Personality and Social Psychology (KRAUSE et al., 2023) demonstrou que pessoas que mantêm congruência entre seus valores internos e suas ações externas relatam significativamente mais bem-estar, vitalidade e autoestima.
Elas também são mais resilientes a críticas e menos suscetíveis ao esgotamento emocional.

Ou seja: ser você mesmo não é só bonito no papel — é biologicamente saudável.

Mas é preciso coragem para ser quem se é.
A persona nos protege, mas também nos aprisiona.
E, como toda prisão, mesmo confortável, ela cobra um preço: a desconexão de si.
E viver desconectado de si é como ser ator da própria vida sem ter escrito o roteiro.

Portanto, o caminho do autoconhecimento começa com uma pergunta simples, mas poderosa:
O que em mim é verdade — e o que é só performance?

🔋Ferramentas Para Se Reconectar com Quem Você É:

Subscribe to keep reading

This content is free, but you must be subscribed to Psicodrops to continue reading.

Already a subscriber?Sign in.Not now