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💡Progresso ou Pressão:
Você está evoluindo ou só se cobrando demais?

Você já sentiu que, por mais que faça, por mais que produza, ainda está devendo alguma coisa? Que sua lista de tarefas parece ter vida própria, e que até seus momentos de descanso vêm acompanhados de uma pontinha de culpa?
Vivemos em uma era em que “melhorar” virou obrigação. Livros, podcasts, coaches e redes sociais nos bombardeiam com promessas de alta performance, produtividade máxima e evolução constante. E você, claro, quer crescer. Mas... será que isso que você chama de progresso não virou só um novo tipo de prisão?
Será que você está realmente se desenvolvendo? Ou está apenas tentando alcançar um ideal inatingível, alimentado pela comparação e pela cobrança interna?
Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos explorar o limite tênue entre se desenvolver com propósito — e se destruir com exigência.
🧠 Crescimento ou cobrança excessiva?

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Em uma análise superficial, buscar evoluir parece uma virtude inquestionável. Afinal, crescer é bom. Aprender é necessário. Sair da zona de conforto é importante. Mas, e quando o desejo de melhorar deixa de ser um impulso saudável e vira uma cobrança silenciosa, que mina sua autoestima e te faz sentir que nunca está “pronto”?
Jean-Paul Sartre dizia que “o homem está condenado a ser livre”, ou seja: somos permanentemente responsáveis por nossas escolhas e por dar sentido à nossa existência. Isso pode ser libertador… mas também pode ser exaustivo. Principalmente quando confundimos liberdade com obrigatoriedade de estar sempre fazendo algo útil com ela.
Um estudo recente publicado na Personality and Social Psychology Review (2024) mostrou que a autocrítica severa está diretamente associada ao burnout e à insatisfação com a vida, enquanto a autocompaixão está ligada a maiores níveis de bem-estar, persistência e autenticidade (NEFF et al., 2024). Em outras palavras: se cobrar demais te afasta do seu progresso. Te faz andar, andar, andar... e continuar se sentindo parado.
A psicologia junguiana também nos lembra que o verdadeiro crescimento vem da integração: abraçar tanto a luz quanto a sombra, tanto os avanços quanto as pausas. Evoluir não é virar uma versão 2.0 perfeita. É se tornar mais inteiro, mais honesto, mais verdadeiro consigo mesmo.
Se sua evolução vem acompanhada de exaustão, talvez o que você esteja fazendo seja desempenho — não progresso.
🔋Ferramentas para se libertar da autoexigência extrema:
Redefina o que é progresso:
Nem todo crescimento é visível. Às vezes, o maior avanço é conseguir dizer “não” com leveza.Tenha dias lentos sem culpa:
Você não é uma máquina. Descansar também é parte do processo.Meça sua evolução por critérios internos:
Compare-se com quem você foi ontem — não com o feed dos outros.Comemore pequenos passos:
Às vezes, a maior vitória do dia foi levantar da cama. E isso já é muito.
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A autocompaixão é a coragem de se amar em meio à imperfeição
📚 Recomendação de Leitura:
Com uma escrita simples, direta e profundamente humana, Pema Chödrön nos mostra como as crises podem ser oportunidades de crescimento verdadeiro — aquele que não vem da exigência de ser melhor, mas do acolhimento sincero de quem já somos.
É o tipo de leitura que abraça e ensina ao mesmo tempo. Ideal para quem vive se cobrando, mas está pronto para aprender a se acolher.