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💡O Que Acontece Quando Você Para de Se Distrair...

e Começa a Sentir?

Você já percebeu como estamos sempre ocupados demais para sentir?
Seja rolando o feed, maratonando séries, respondendo e-mails... parece que o silêncio se tornou um incômodo — e o sentir, um perigo.

Talvez você já tenha tentado parar. Respirar. Desacelerar.
Mas, de repente, veio aquela angústia no peito, uma sensação de vazio, ou uma tristeza que você nem sabia que estava lá.
E aí você pensou: “melhor me ocupar com outra coisa…”

É mais fácil fugir do que encarar.

Mas e se essa dor, esse desconforto e essa inquietação forem, na verdade, sinais de que algo em você quer ser visto, ouvido e curado?

Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos explorar o que acontece quando deixamos de fugir para o mundo — e temos a coragem de voltar pra casa: dentro de nós.

🧠 Fugir de Sentir Não é Liberdade: É Prisão Dourada

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Carl Jung dizia que “aquilo que não enfrentamos em nosso inconsciente se transforma em destino”. E é exatamente isso que acontece quando deixamos de sentir para apenas funcionar — sem perceber, viramos personagens da nossa própria história, sempre ocupados demais para escutar o que realmente importa.

Vivemos em uma era onde sentir virou subversivo. O silêncio incomoda. O tédio apavora. A pausa parece perda de tempo. Mas o que estamos realmente evitando? Não é o vazio da agenda. É o vazio de sentido.

A dor emocional, a tristeza sem nome, a raiva reprimida, o medo de não ser suficiente — tudo isso vai se acumulando. E quando a vida dá um tempinho… pronto. Lá vem aquela sensação estranha, que você tenta abafar com mais uma notificação, mais um episódio, mais um scroll.

Mas distração em excesso não é descanso — é exílio interno.

Um estudo publicado na Current Psychology (2023) analisou mais de 1.200 pessoas que recorriam às distrações digitais para evitar sentimentos desconfortáveis. Os resultados foram claros: a tentativa de fugir das emoções difíceis resultava em mais ansiedade, mais fadiga mental e um aumento na sensação de estar perdido de si mesmo (ZHOU et al., 2023).
Além disso, essas pessoas apresentavam menor clareza emocional e maiores dificuldades em tomar decisões coerentes com seus próprios valores.

Ou seja: quanto mais fugimos de nós mesmos, mais ficamos à mercê do mundo externo — e menos sabemos quem somos.

Na psicologia junguiana, esse processo de evasão nos afasta da individuação — o caminho simbólico de se tornar quem se é. Jung acreditava que o inconsciente carrega não apenas traumas, mas também sabedoria, desejos autênticos e potenciais ainda não vividos.
Mas, para acessá-los, é preciso sentir.
É preciso coragem para entrar na sombra, acolher a dor, nomear o incômodo, sem a ânsia imediata de corrigi-lo.

Sentir não é fraqueza — é um ato de retorno.
E nesse retorno, a dor deixa de ser inimiga e passa a ser um mapa.

🔋Ferramentas Para Voltar a Sentir (Sem Se Afogar No Processo):

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