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💡Domando o Monstro da Aprovação:
A Coragem de Dizer "Não" e Assumir Sua Verdade

Quantas vezes você disse "sim" quando, no fundo, queria gritar "não"? Quantas vezes engoliu suas vontades, sufocou seus desejos, apenas para agradar o outro, para evitar o conflito, para ser aceito?
A busca por aprovação é uma sombra que nos acompanha desde a infância. Aprendemos, muitas vezes de forma inconsciente, que o amor e o reconhecimento estão condicionados à nossa capacidade de atender às expectativas alheias. Mas a que preço?
Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos falar sobre a coragem de dizer "não", sobre a importância de estabelecer limites saudáveis e priorizar o bem-estar pessoal, sobre como domar o monstro da aprovação e assumir a verdade do seu ser.
🧠 A Tirania do "Sim": Quando a Busca Por Aprovação Se Torna Uma Prisão

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A necessidade de aprovação é inerente à condição humana. Afinal, somos seres sociais e dependemos das relações para sobreviver e prosperar. O problema surge quando essa necessidade se torna uma obsessão, quando o medo da rejeição nos impede de sermos autênticos e de vivermos de acordo com nossos próprios valores.
Se olharmos um pouco mais a fundo, podemos perceber que diversas das características que temos e que não gostamos em nós mesmos, características estas que na grande maioria das vezes, tentamos até ignorá-las. Para que consigamos, por vezes, e afirmo que isso não é uma prática rara, projetamos nos outros. A busca incessante por aprovação é, muitas vezes, uma manifestação deste nosso lado, uma tentativa desesperada de compensar a falta de amor próprio. A falta de aceitação própria. Todos temos este lado que não gostamos muito e queremos esconder. Mas, quando não olhamos para isso, acabamos colocando no outro a responsabilidade de aceitar e amar algo que nós deveríamos olhar, aceitar e amar. E, como toda projeção, está ação tem um preço.
Jean-Paul Sartre nos diz que "estamos condenados a ser livres". Somos responsáveis por nossas escolhas e por nossas ações, mas também somos livres para definir nossos próprios limites e para dizer "não" quando algo não nos faz bem.
Um estudo recente publicado na revista "Journal of Social and Personal Relationships" revelou que pessoas que têm dificuldade em estabelecer limites saudáveis tendem a apresentar níveis mais elevados de ansiedade, depressão e burnout. Em outras palavras, a falta de limites não é um ato de generosidade, mas sim uma forma de autossabotagem.
A coragem de dizer "não" é, portanto, um ato de amor próprio, uma declaração de que somos dignos de respeito e de que nossas necessidades importam. Ao estabelecermos limites saudáveis, protegemos nossa energia, preservamos nossa saúde mental e abrimos espaço para relacionamentos mais autênticos e significativos.