💡A felicidade é um objetivo?

Ou será um mito que contaram para você?

Vivemos correndo atrás dela. Em livros, redes sociais, gurus e promessas embaladas com glitter emocional. A felicidade se tornou um produto — e, como todo produto, parece que precisamos comprar, alcançar ou merecer.

Mas… e se a busca por felicidade for justamente o que está nos afastando dela?
E se, ao tratarmos a felicidade como destino, estivermos ignorando tudo o que é vivo, real e transformador no caminho?

Carl Jung dizia que "não se torna iluminado imaginando figuras de luz, mas sim tornando a escuridão consciente". Talvez a felicidade não esteja no que projetamos como ideal, mas na aceitação radical do que se é e como se é. Com luzes e sombras.

Nessa dose de autoconhecimento e autenticidade, vamos falar sobre como a promessa da felicidade perfeita pode ser a ilusão mais sedutora do nosso tempo — e como isso nos desconecta da autenticidade e da experiência real da vida.

🧠 O paradoxo da felicidade como objetivo

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A ciência tem algo desconfortável a dizer: buscar obsessivamente a felicidade pode torná-lo… menos feliz.

Em um estudo publicado em 2023 na revista Emotion, pesquisadores da Universidade do Estado da Flórida investigaram o impacto de diferentes definições pessoais de felicidade. Descobriram que pessoas que viam a felicidade como “atingir algo perfeito” sentiam-se mais frustradas, ansiosas e com menor sensação de bem-estar do que aquelas que a viam como um processo ou estado transitório.

Essa diferença ecoa a visão existencialista: quando tornamos a vida uma corrida por resultados, deixamos de habitá-la. Kierkegaard já dizia que a angústia é o “preço da liberdade”. Em outras palavras, a vida não é feita para entregar garantias, mas para oferecer significado.

Jung, por sua vez, nos convida a olhar para o caminho da individuação como o verdadeiro portal para a plenitude. Não se trata de ser feliz o tempo todo, mas de ser inteiro. Isso inclui o desconforto, a dúvida, a imperfeição… Se permitir sentir.

O mito da felicidade plena nos isola. Nos faz sentir “errados” quando estamos tristes, quando algo dá errado ou quando não seguimos o script das redes sociais. Mas talvez o que você sinta como fracasso seja, na verdade, o seu processo de tornar-se real.

🔋Práticas para sair da armadilha da felicidade perfeita

  1. Substitua o “quero ser feliz” por “quero viver com verdade”
    Essa pequena troca muda o foco do ideal para o real. Ao invés de esperar por um estado ideal, você passa a encontrar sentido até nos dias difíceis.

  2. Pratique gratidão pelo processo, não pelo resultado
    Em vez de ser grato apenas quando tudo dá certo, experimente agradecer pelo aprendizado, mesmo em situações caóticas.

  3. Dê nome ao que você sente — e permita que isso exista
    Sentir tristeza, raiva ou medo não é sinal de fracasso. É sinal de humanidade. Validar suas emoções é um ato de coragem e autenticidade.

  4. Crie momentos de presença real
    Ao invés de buscar grandes experiências de felicidade, cultive pequenos rituais diários que te conectem ao agora: uma xícara de chá, uma caminhada sem fone, um olhar atento para o céu.

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Quem tem um porquê enfrenta qualquer como.

Friedrich Nietzsche

📚 Recomendação de Leitura:

Esse livro simples e poético fala direto com o coração. Através de metáforas visuais, ele revela como estamos sempre buscando algo que nos complete, sem perceber que a jornada mais transformadora é a de aceitar quem somos — mesmo com as faltas. Uma leitura leve, mas profundamente filosófica sobre presença, autenticidade e completude real.

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